domingo, 29 de junho de 2008

I






No escuro do quarto a pobre menina chora...
Com o duro fardo, sua alma implora...
Escorrem esperanças que o mundo ignora...
Das gotas santas, uma a uma a cair.
Não há a quem recorrer, nem tão pouco pedir


Na sua boneca imaginária
No seu lar imaginário
Na sua felicidade ilusória
O amargo, a dor
De quem enfrenta impiedades... rancor



Manhã ensolarada e relva orvalhada
Pés sujos, perna arranhada...
Terá sido na bicicleta?
Ou quem sabe um esforço maior
De quem sonha ser atleta?



Os ramos, os espinhos, que há anos,
a observam, hão de depor a seu favor
Tivera um acidente no percurso
Quebrara o tambor. Oh! Que susto!
Oh! Que temor!...


Entre gritos, xingos, socos e solavancos
O pranto. Mudo.
Surdo a tudo
que a alma canta repr
I
M
I
D
A
Mente...

Menina inteligente, corajosa
Esperançosa, forte...
Não sabe o que a espera...
Tem pressa
E se reserva!!!

Nenhum comentário: